O
Mahabharata é
a grande história da guerra entre os Kurus e
os Pandavas, ambos
descendentes da dinastia Bharata. A batalha se dá no Kurukshetra, o campo dos
kurus. Encontramos nas
Línguas do mundo
de Berlitz a informação de que a Índia se chama
Bharat em hindi. E na
Aventura das línguas de Störig encontramos que
bhar
é uma raiz que quer dizer
trazer. Se
conjugarmos o verbo
bharani no
presente do indicativo, teremos bharami, bharasi, bharati, bharamas,
bharata (nós trazemos), bharanti. Inspirações
linguísticas para tentarmos compreender o significado da
maha (grande) narrativa que vamos
tesselar.
Conta-se que
o poeta Vyasa compôs
os cem mil versos da epopeia em sua mente e que Ganesha, o deus dos ladrões e dos escritores, o escreveu. O
poeta é filho do menestrel errante Parashara e de Satyavati, encontrada nas
entranhas de uma
mãe-peixe no rio Yamuna. Vyasa contou o Mahabharata para
Vaisampayana, que o contou a
Sauti, a Astika e ao próprio Vyasa. Sauti, por sua
vez, o contou a Saunaka.
Lemos
em Nossos Estudos Poéticos a história dos narradores Vaisampayana e Saunaka contada
em prosa por William Buck e traduzida por Carlos Afonso Malferrari. Buck refere-se ao livro que lemos como o seu Mahabharata.
Existem inúmeras versões do Mahabharata, solvidas em interpolações,
coaguladas em edições, vertidas em várias línguas.
O nosso Mahabharata será condensado
em
sete posts e
dissolvido em diversos
links. As postagens procuram seguir a divisão do próprio
livro de Buck:
1) O nosso Mahabharata
2) Prefácios e introdução ao
Mahabharata
3) O Mahabharata – No princípio
4) O Mahabharata – No entremeio
5) O Mahabharata – No entremeio, as
perguntas e as respostas
6) O Mahabharata – No entremeio, a
guerra
7) No fim
Quem
ouve o Mahabharata e o
compreende, mesmo que só uma parte dele,
se liberta das prisões que construiu para si mesmo com suas obras boas e más.
O Mahabharata tem o poder da vitória!