Pensando de modo persistente em qualquer qualidade, esta tende a
tornar-se cada vez mais parte do nosso caráter. Esse efeito é intensificado se
nosso pensamento for mais que um pensamento. Se ele for uma contemplação. É
possível até que nossa mente torne-se uma com a qualidade.
Qualidades positivas, tais como a coragem e a compaixão, não são algo nebuloso e vago. São
princíos reais, vivos, dinâmicos, de ilimitado poder. No entanto, não podem se
manifestar plenamente nos mundos inferiores por falta de instrumentos
adequados. É então que damos vida às qualidades negativas. O medo e a crueldade não têm existência própria, mas são a não
manifestação ou a manifestação imperfeita das qualidades positivas.
No universo literário, alguns personagens tornam-se a própria
corporificação de algumas qualidades. Eles personificam os poderes de amor, simpatia, paciência.
No universo não literário, as qualidades positivas podem ser
adquiridas, expressas e corporificadas por nós. Isso acontece quando nos
dedicamos à arte da criação de nós mesmos. Quando abandonamos as máscaras do dia
a dia e descobrimos quem somos nós através da qualidade essencial de que somos
a corporificação e que nos distingue uns dos outros.