O Labirinto de Creta é o entrecruzamento dos caminhos dos deuses Poseidon e Diôniso, do rei Minos e
de sua esposa, do artista Dédalo, do monstro Minotauro, do herói Teseu e de seu
pai Egeu, da princesa Ariadne, dos jovens Ícaro e Talo, e de todas as moças e
moços sacrificados no próprio labirinto.
Talo, Dédalo, Minos, Poseidon e Minotauro
Observando a mandíbula de uma
serpente, Talo fez uma serra. Invejoso da descoberta de seu sobrinho e
aprendiz, Dédalo lançou-o da Acrópole. Condenado pelo crime, o grande inventor,
hábil em todas as artes, exilou-se em Creta com seu filho Ícaro.
Obedecendo às ordens de Minos, Dédalo construiu o Labirinto – um
palácio onde se emaranhavam
salas, corredores e escadas, mas onde
não havia teto. Somente seu arquiteto
podia percorrê-lo sem se perder. O palácio foi construído para ser a prisão do Minotauro, monstro com
corpo de homem e cabeça de touro, filho da esposa de Minos com um touro mandado
por Poseidon, rei dos mares.
Teseu, Ariadne, Diôniso e Egeu
A fim de acabar com o sacrifício
de jovens atenienses, que eram entregues ao monstro, Teseu entrou no Labirinto com a ajuda de Ariadne, filha de
Minos. Apaixonada, a
princesa deu ao herói um novelo de linha, o que lhe permitiu entrar no
labirinto e dele sair sem se perder. Sua estratégia era desenrolar o novelo à proporção que avançava. Assim, saberia por onde retornar.
Teseu, filho de Poseidon na genealogia divina, matou o Minotauro e fugiu com Ariadne. A partir daí, a história se bifurca
em versões. Na primeira,
Teseu deixou Ariadne adormecida numa praia e partiu para Atenas. Ao acordar, a
princesa viu a embarcação sumindo no horizonte. Mas seu desespero acabou
quando, no mesmo dia, Diôniso chegou com seu cortejo ruidoso. O deus do vinho
se apaixonou por ela, os dois se casaram e foram viver no Olimpo.
O outro caminho é mais trágico. Teseu e Ariadne se separaram
contra a vontade de ambos por causa de uma ventania, que arrastou a nau do
herói para alto mar. Ariadne morreu no parto. Amargurado, Teseu voltou para
Atenas e se esqueceu de trocar a vela preta pela branca. Ao ver de longe a vela
escura, Egeu se mata. E a história se bifurca mais uma vez.
Em uma das versões, Egeu teria se jogado da Acrópole. Na outra, Egeu teria se
jogado no mar, que não recebeu apenas seu corpo, mas também seu nome – mar
Egeu.
Minos, Dédalo e Ícaro
Tomado pela ira, Minos mandou prender Dédalo e Ícaro
no Labirinto. A porta de saída do palácio foi fechada. Dédalo,
porém, conseguiu fugir fazendo asas para ele e para seu filho, fixando-as com
cera nos ombros. Dédalo e Ícaro saíram
do Labirinto voando.
Ícaro, porém, não deu ouvidos às
palavras de seu pai quanto ao fato de não voar muito alto. O jovem chegou muito
perto do sol. A cera fundiu-se e Ícaro caiu no mar, que não recebeu apenas seu
corpo, mas também seu nome – mar Ícaro.
As ideias acima foram organizadas
a partir de nosso Dicionário de Mitologia Grega e Romana.