Um mundo de símbolos vive em nós. E o mundo fala através do
símbolo.
Tanto o pensamento simbólico quanto o pensamento racional tendem a
unificar a multiplicidade do real. Só que a razão percebe a relação entre dois
termos conhecidos e o símbolo capta a relação entre um termo conhecido e um desconhecido. Capta uma relação ou um conjunto
móvel de relações entre vários termos.
O pensamento simbólico não procede
pela redução do múltiplo ao uno, mas pela desintegração do uno em múltiplo, para melhor perceber a unidade em
meio à fragmentação.
O símbolo opõe uma força centrípeta a todas as forças centrífugas
das sensações e das emoções, onde a variedade encontra uniformidade em torno de um centro.
O símbolo também investiga, como inteligência indagadora
projetada no desconhecido.
Tende a sugerir o sentido de uma pesquisa e a resposta de uma intuição
incontrolável. Mas também, a sua função é precisamente essa revelação
existencial do homem a si próprio.