Recitando as águas do rio e o descanso das nuvens




Os rápidos rios, transbordantes e às gargalhadas, desciam a montanha, de um castanho-escuro na cheia, rugindo e espumando com ondas brancas de cristais. A água corria pelas trilhas de pedra, e a terra debaixo delas desapareceu sob as águas. O mundo se transforma em um lago extravasante, e os montes, em ilhas. Pesadas e escuras, as nuvens tinham de descansar sobre os altos picos das montanhas e ali pareciam deitar raízes, e fileiras de garças brancas, voando ao vento molhado, eram uma guirlanda branca para o céu. 


William Buck – O Ramayana