Vida rara aos blogues!
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pequeníssimos
nós - 1
não gosto muito de falar das costelas
as costelas do barco
as costelas me encafifam
como podem as costelas?
tão mais que o mugido da vaca
desnorteando as águas
o sal nelas
(Carla Diacov)
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O amor que temos aos
desconhecidos de quem aprendemos a gostar - os poetas, os cineastas, os músicos,
os artistas, os professores das coisas vãs e fúteis que são a matéria da vida -
tem uma natureza diferente do amor pela família próxima ou pela mulher que nos
escolheu amar de volta. Mas nem por isso é um amor inferior ou menos
importante. O que somos, o que nos constitui, tem tanto a ver com pessoas como
com os objectos artísticos que nos deslumbram. Sentimos tanto a distância dos
nossos mestres como das pessoas com quem vivemos os anos da nossa vida. Mais
claro: amamos quem nos ama de volta mas também quem, criando, nos ensina a amar
o mundo. E quando os mestres se vão, a dor é funda.
(Sérgio Lavos)
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Segunda-feira,
15 de julho de 2013
Quantas insónias/ precisas/ para
construir/ uma noite em bra/nco?
(Heduardo Kiesse)
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Origem da Pó dos Livros:
A ideia do nome da livraria Pó
dos Livros surgiu-me quando estava a ler o livro "A Sombra do Vento",
de Carlos Ruis Zafón. É um
livro que, para além de muitas outras coisas, nos fala de um cemitério de
livros esquecidos - livros cheios de pó. Este facto recordou-me uma pequena
história passada comigo e com o meu pai durante a minha infância. O meu pai era
um bibliófilo, comprava e lia compulsivamente. Um dia, pela tarde, em que mais
uma vez chegava a casa com um saco cheio de livros, velhos e com pó,
perguntei-lhe:
- Pai, porque é que compra sempre
livros velhos e cheios de pó?
- Foi precisamente por terem pó
que eu os comprei.
- Não entendi...
- Os livros com pó são os livros
que resistiram ao tempo, por isso os considero importantes.
(Jaime Bulhosa)
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Leitura de imagem (1) - Part...ilha
Sim...
são tantas as partes
que me cabem!
Mas bebem
do mesmo íntimo.
(Joelma B.)
Fonte da imagem: Garota Xilique
2012 2014