Sopro. O sopro do vento que traz tempestade,
que espalha, arrasta, derruba. O sopro de uma brisa. O sopro de uma pessoa assobiando
despreocupadamente. O sopro de uma pessoa tocando uma flauta, o
sopro de uma pessoa tocando
a flauta que inicia o Bolero de Ravel. O sopro da voz de um monge entoando o canto
gregoriano em latim – saindo
do silêncio e a ele retornando. Essas
são as referências de imagens sonoras para a escrita das Mandalas. A escrita domando e fixando os movimentos
sonoros do ar, formando uma mandala poética.
Registrarei nos
posts seguintes o estudo realizado para a escrita das Mandalas. Tal estudo não é necessariamente o estudo que permitirá a
leitura das Mandalas. Cada leitura
demandará seu próprio estudo, individual e original.
Para o estudo
linguístico foram muito inspiradoras as gramáticas do Cegalla, do Infante e do
Bechara, bem como os dicionários já utilizados no fragmento Palavras.