Parede da Casa da Flôr – por Gabriel J. Santos |
1. As questões
Não basta ao ego conquistar a consciência. Há ainda o problema de manter e
desenvolver a consciência para que o homem possa viver uma vida útil, guardando a sua
individualidade dentro da sociedade.
2. Os símbolos
Existem temas simbólicos universais. Eles
conservam uma semelhança formal.
O mito de iniciação do herói parece comum a várias
épocas e lugares, assim como os mitos de contenção, cujo melhor exemplo é o tema do
casamento. O pássaro parece ser o símbolo mais apropriado de transcendência.
3. Poesia e criação
A criação de um novo padrão de vida não é uma mudança externa. A criação de um novo padrão de vida não é
uma simulação. A criação de um novo padrão de vida é uma solução de problemas.
A criação é uma
transcendência
interior de velhos valores.
4. Téssera e tesselas
Os conteúdos do inconsciente exercem uma influência formativa
sobre a essência do ser humano. É do Self (o ser) que emerge a consciência
individualizada do ego.
Passando
pelo processo de iniciação, que começa com um rito de submissão, seguindo por um período de contenção e chegando ao rito de liberação, o indivíduo tem a possibilidade
de reconciliar elementos conflitantes da sua personalidade. Alcançar o equilíbrio entre a
contenção e a liberação é o que torna o indivíduo um ser humano.
5. O significado
É difícil para nós percebermos a significação dos símbolos que nos
chegam do passado ou que surgem em nossos sonhos. É difícil também ver como o
antigo conflito entre os símbolos de contenção e os de liberação se relaciona
com nossos problemas.
Mas tudo se torna mais fácil quando nos damos conta de que são apenas as formas específicas desses
esquemas arcaicos que mudam. O seu significado psíquico permanece o mesmo.
6. Links
Cada
ser humano tem originalmente um sentimento de totalidade, um sentido poderoso e completo de
si mesmo. O sentimento e o pensamento, apesar de separados, são
indissoluvelmente ligados um ao outro.
7. O mistério
O drama do renascimento por meio da morte, um tema cíclico
universal, traz uma velha mensagem: a morte é um
mistério.
Devemos nos preparar para a morte com o mesmo sentimento de submissão e
humildade com que nos preparamos para enfrentar a vida.