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Fonte: Diário de Teresina (www.diariodeteresina.com.br) |
5. A igualdade de oportunidade – todo homem pode alcançar o que a sua ambição
lhe ditar e sua capacidade o permitir.
6. A liberdade – todo homem
tem certos direitos inalienáveis.
7. A eficiência – o homem
moderno já solucionou seus problemas de produção através de uma eficiente
organização.
Obs: ele também cita o mito do progresso – nossa situação está melhorando e tende a
continuar assim.
Consideremos os rituais que perpetuam nossos mitos.
Consideremos a escada social que
todos os dias tentamos subir, de grau em grau, na ilusão de chegar a um topo
onde estão os que não precisaram subir todos os degraus.
Consideremos nossos processos democráticos: as eleições, as
manifestações, os protestos, as publicações inflamadas, as declarações
indignadas, as revelações da mídia, as investigações legislativas.
Consideremos a pesquisa que busca
continuamente novos conhecimentos, novas técnicas, novas descobertas e
invenções.
Consideremos nossa atividade ritualizada. Estamos tão ocupados com nossos
cursos, nosso aprimoramento, nossas atividades culturais, nossa informação, nossa
prática de exercícios físicos, nossa alimentação, nossa aparência, nosso
trabalho voluntário, nossa responsabilidade social, que nem podemos sequer considerá-la (clique na tabela acima para ampliá-la).
Consideremos a regularidade disso
tudo. Consideremos a repetição,
a invariabilidade, a sequência e a organização disso tudo. Consideremos a
estereotipia, a redundância de conteúdos, a convencionabilidade e a conveniência
disso tudo. Consideremos a liturgia, a função pública de tudo isso.
Não consideremos o consumo. Consideremos o consumo
competitivo e seu aspecto em três dimensões: o consumo competitivo é um Direito,
é um Dever e é um Desejo. Consideremos as três dimensões do consumo competitivo
acorrentando-nos à roda da produção incessante.