É possível traduzir em palavras a história do balé O Lago dos Cisnes.
O que não se traduz em palavras é a poesia de O Lago dos Cisnes. O que podemos sentir é a beleza que nos chega suavemente através da geometria, da simetria, da sincronia de movimentos e de sons, ou seja, das frases do próprio balé. E a beleza que nos chega tensamente através dos contrastes da noite sobre o lago e das luzes do palácio, da tempestade e da festa, do afastamento e da aproximação, do engano e do desengano, do cisne negro e do cisne branco. E a beleza que nos chega misteriosamente através dos símbolos do príncipe e do feiticeiro, da ave que é aquática e da ave que é humana, das personagens que exigem uma única intérprete.
Sobre a representação de O Lago dos Cisnes pelo balé do Teatro Mariinsky no Theatro Municipal do Rio de Janeiro em 02 de setembro de 2011.