Tu, fruto dos quatro elementos,
tu, dependente dos sete céus!
Tua origem esqueceste
e mergulhaste tua alma,
enredaste-a para sempre
em frivolidades,
coisas sem nexo,
laboriosos problemas inócuos
que nada têm que ver
com tua verdadeira origem.
Bebe vinho!
Já te fiz ver mil vezes,
mil vezes te aconselhei:
Que tens tu de comum
com essa turba inexpressiva?
Que te podem interessar
essa divisão de classes,
todas essas hierarquias?
Abandona-as!
Quando partires,
elas já estarão, de há muito,
desfeitas em pó...
Recitamos uma das rubaiatas (quadras) de Omar Khayyám,
e lembramos que a palavra Álcool vem de alkohl,
sombra para os olhos.