Em Uma história da leitura, Alberto Manguel trata de algumas ideias com as quais me identifico ao escrever o fragmento Livros. Escreverei sobre algumas dessas ideias.
Para Emerson temos livros demais para ler. Por isso, os leitores devem compartilhar suas descobertas contando uns aos outros o ponto essencial de seus estudos.
Gosto da leitura humanista, em que a leitura é responsabilidade de cada leitor individual. Essa liberdade traz o ato de ler para o mundo e a experiência íntima de cada leitor, que pode afirmar sobre cada texto sua autoridade individual.
É possível tornar o livro parte de nós mesmos. É o livro da memória.
De Kafka cito a seguinte frase: “Lemos para fazer perguntas”. Ler é uma atividade que nunca se completa. Um texto só pode ser lido porque é inacabado. Cada visão de mundo implica em um modo de ler e de escrever.
Lendo Uma história da leitura compreendi por que às vezes tenho a impressão de que as pessoas que convivem comigo não gostam quando eu leio. O leitor é visto como preguiçoso, débil, pretensioso, pedante ou elitista. O mundo se ressente do leitor em seu isolamento. E o leitor contribui para isso quando se julga superior ao mundo. E o mundo passa por ele dando risada.
Manguel termina seu livro com breves palavras sobre o hipertexto, espaço narrativo não sequencial possibilitado pelos computadores. E esta postagem fica incompleta e espera que algum link seja feito dela ou para ela.