Poemas eleitorais I


(Outubro de 2010)
a Alexandre e Sabrina

Minha consciência
se dissipou
                        em folhetos
pelo chão ainda de outono,
espalhou-se
entre as poças
e a lama
de um tempo
úmido e frio.

Dizia minha consciência
conscientizada: ― tens o dever
de usar teus direitos!

E além de leis
            ilegíveis
            inelegíveis
deixou
pelos caminhos
meus panfletos molhados
em cujas cores
desfeitas
pairavam
            meu rosto
            partido
            e povo.