O símbolo vivo


Um mundo de símbolos vive em nós. E o mundo fala através do símbolo.

Todo objeto pode revestir-se de valor simbólico. O símbolo é pleno de realidade concreta. A abstração mata o símbolo. A arte nutre o símbolo e evita o signo, pois o símbolo pressupõe homogeneidade significante-significado num dinamismo organizado, já o signo pode deixar um alheio ao outro.

Cada grupo e cada época têm seus símbolos. Um símbolo vivo faz eco na consciência, causa ressonância, algo que um símbolo morto não faz. A ressonância amplifica a vibração. Vibrar com os símbolos é participar do grupo e da época. O símbolo ata o ser humano ao mundo, permite integração pessoal, sem isolamento nem confusão.

Os símbolos fundamentais condensam a experiência total do homem. Realizam a síntese do mundo, e evidenciam a unidade essencial.

Um mundo sem símbolos seria irrespirável, provocaria de imediato a morte espiritual do homem. Para educar a viver, assim, deve-se evocar e despertar os símbolos que adormecem no interior de cada um.