O Ramayana - três partes


Shiva, o grande deus, dividiu este romance em três partes, uma para o céu, uma para a Terra e uma para os mundos subterrâneos. Como sobrasse uma seção, dividiu-a em três. Sobejou-lhe um verso, que ele dividiu também.”

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O príncipe de Ayodhya; O salvamento de Sita; A roda do Dharma – em três partes se divide o sumário. O andarilho, o guerreiro e o rei – três papéis Rama representa. Mais que isso: Rama é o poeta, os atores e a peça – escreve o Rei dos Demônios em sua carta.

És Narayana que se move sobre as águas, fluis através de todos nós” – escreve o rei dos demônios em sua carta para Rama. “Senhor Narayana, toma de volta a tua Sita” – diz o Senhor do Fogo a Rama. “Oh! Narayana, Lakshmi te espera [...] volta para ti mesmo, meu amigo” – leva o Tempo as palavras de Brama a Rama.

Rama é lembrado de quem ele realmente é em três circunstâncias. A terceira está na história original. A primeira e a segunda podem ser incluídas entre as partes em que o Ramayana de Buck difere do original.

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Passado, presente e futuro – em três partes se divide o tempo. Em três partes se divide o nosso tempo – nascimento, crescimento e morte. Em três partes se divide uma existência – aparecimento, evolução, destruição.

Em três partes se divide um romance – início, meio e fim. Narada pede para Valmiki compor a obra, Narayana vive a obra, Shiva divide a obra. “Shiva, o grande deus, dividiu este romance em três partes, uma para o céu, uma para a Terra e uma para os mundos subterrâneos”.

O que é este pedido que faz com que uma obra seja composta? O que é dar vida a uma obra ou o que é vivê-la? E o que é dividi-la?