Original persa de uma rubaía - Rubáiyát, Ed. Martin Claret, p. 205
Recitamos uma das rubaiatas (quadras) de Omar Khayyám traduzida
por Christovam de Camargo e Ragy Basile. Leitura desassossegada por Bernardo Soares.
Seguimos viagem
impelidos pelo
Destino.
Após a partida,
agitado, confuso
tudo continuou.
Oh! Que pena!
De cada cem
diamantes,
belos, deslumbrantes,
um só foi perfurado
para ser usado.
Restam centenas, milhares
de ideias, de sentimentos
que formariam
delicadas figuras.
Ideias e sentimentos
em prosa ou verso,
nem sequer citados.
Temos medo da
estupidez humana,
receamos os inimigos
da razão.
Será assim tudo
apreendido,
desfigurado
e incinerado
pelos brutos.