Temos uma tradução do poema dramático Fausto, de Goethe.
O tradutor Agostinho D’Ornellas, no prefácio da segunda parte, escreve sobre o que é o Fausto: “... na frase de Madame de Stael [...] pode ser considerado na poesia o que é na ciência o cosmos de Alexandre de Humboldt, uma síntese do universo, um esforço prodigioso para resolver poeticamente o problema da existência e abranger, em elevadíssima unidade, o eu e o não-eu”.
Será possível usar a poesia como meio para se chegar a um conhecimento?
E sobre poemas escreve o seguinte: “Hoje [em 1873], muito outra é a maneira de avaliar, outras as condições de uma obra de arte, outras ainda as causas de nossas emoções e os princípios mesmos da ação que sobre nós exercem as criações da poesia. [...] O poema que preferimos é o que mais nos solicita o pensamento, o que mais ideias sugere, o que mais sentimentos desperta, que mais horizontes descobre e em nós acende aquela sede pelo inacessível, aquela aspiração para o desconhecido que é ao mesmo tempo a mais pungente dor e a mais inefável delícia que ao homem é dado gozar”.
Como o poema é avaliado hoje?